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Entre 13 e 24 de novembro, serão projetadas 11 óperas europeias, um balé e uma gala com cantores líricos em tenda montada a céu aberto, com tela gigante e som de qualidade

Após hiato de um ano por conta da pandemia do coronavírus, o Festival Ópera na Tela volta ao Parque Lage, no Rio de Janeiro, em sua sexta edição. De 13 a 24 de novembro o jardim do palacete criado por Henrique Lage para sua mulher, a cantora lírica Gabriela Besanzoni, recebe uma tenda montada a céu aberto para a projeção, em tela gigante, de uma programação inédita no país: 11 récitas europeias, uma Gala do Teatro Alla Scala de Milao com cantores consagrados e, pela primeira vez, um balé: O Corcunda de Notre Dame, da Ópera de Paris, com a famosa coreografia do Roland Petit.

Estamos muito felizes por voltar a realizar o Festival Ópera na Tela depois da interrupção por causa da pandemia. Mais do que nunca, nesse momento em que não tivemos apresentações com público nos teatros, a captação audiovisual se tornou fundamental, por ter sido a única forma de registrar o espetáculo e agora poder mostrá-lo. Acreditamos que nosso público sempre tão fiel esteja com saudades de assistir às récitas e esperamos que os jovens, que também nos prestigiaram na última edição, voltem esse ano e redescubram o prazer do espetáculo lírico – comenta o curador Christian Boudier.

Uma récita por dia em montagens grandiosas exibidas em tela gigante, com alta qualidade de som e imagem, cadeiras confortáveis e preços acessíveis. As projeções ao ar livre irão seguir todos os protocolos de segurança e cumprir as recomendações da Prefeitura do Rio. Higienização do local e das cadeiras reclinadas, distanciamento mínimo tanto na entrada quanto entre os assentos, exigência do passaporte de vacinação, álcool gel disponível em vários pontos e controle de temperatura são algumas medidas previstas.

Após as projeções ao ar livre, os filmes serão programados em vários cinemas do país ao longo do primeiro semestre, entre eles, o Cine Theatro Brasil Vallourec, em Belo Horizonte (MG).

O Festival Ópera na Tela tem produção da Bonfilm – responsável também pelo Festival Varilux de Cinema Francês – e patrocínio de Varilux, Persol, Engie, Sofitel, Servier. Os copatrocinadores são Air France, Edenred, MedRio, Naval Group,Total, Vallourec e Voltalia. O evento tem apoio institucional da Embaixada da França, da Aliança Francesa e do Consulado Alemão.

A programação completa do festival pode ser conferida no site: www.operanatela.com

Fotos para download em Fotos das atrações

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A SELEÇÃO

Com cópias digitais e legendadas, as 13 produções integraram, de certa forma, a temporada europeia e trazem diversidade na programação em montagens clássicas e releituras mais contemporâneas, tornando a atualidade lírica mundial acessível ao público brasileiro através da tela. Algumas das récitas apresentadas no festival podem chegar a custar até três milhões de euros e raramente são montadas fora da Europa e quase nunca na América Latina. 

Durante a pandemia, os teatros e as grandes casas de ópera europeia também tiveram seus trabalhos interrompidos e quando puderam retornar, atuaram de forma criativa para que os espetáculos pudessem ocorrer contando com os recursos técnicos e humanos disponíveis. A Ópera de Viena, por exemplo, revisitou encenações originais de Tosca; a Ópera de Roma contornou a ausência do público ocupando corredores e foyer do teatro para a encenação de La Traviata. Já Parsifal (Viena) e Fausto (Paris), mais contemporâneas, integraram técnicas de vídeo e projeção inovadoras às filmagens.  Esse ano, muitas obras serão apresentadas pela primeira vez no Festival: Der Rosenkavalier de Strauss, Parsifal, de Wagner, Les Indes Galantes, de Rameau, Der Messias e As Bodas de Figaro, de Mozart, Adriana Lecouvreur, de Cilea e O Palácio Encantado, de Luigi Rossi.

DESTAQUES DA SELEÇÃO

Um dos destaques dessa edição do Ópera na Tela é a récita O Palácio Encantado, de Luigi Rossi. Encenada pela primeira vez em 1642, em Roma, ficou esquecida durante 380 anos na biblioteca do Vaticano, e foi redescoberta pelo maestro Leonardo Garcia Alarcon.  Agora, em plena pandemia, e sem público, nova encenação foi criada pela Ópera de Dijon e será exibida no festival. Participaram 16 solistas, coros duplo e triplo com seis e 12 vozes e dezenas de bailarinos.

A noite de gala “A Rivedere le Stelle”, do Teatro Alla Scala de Milao, também se sobressai na programação. Por não ter conseguido realizar sua tradicional noite de celebração de Saint-Ambroise por conta da pandemia, o superintendente francês da instituição, Dominique Meyer, criou uma gala de portas fechadas que foi transmitida ao vivo pela televisão pública italiana, a Rai 1, e a Rádio 3, e depois captada pela Arte, na França e na Alemanha. O evento reuniu grandes nomes da ópera como Ildar Abdrazakov a Sonya Yoncheva, Roberto Alagna, Piotr Beczala, Benjamin Bernheim, Marianne Crebassa, Plácido Domingo, Juan Diego Flórez, Elena Garanča, Vittorio Grigolo, Jonas Kaufmann, Aleksandra Kurzak, Francesco Meli, Lisette Oropesa e Ludovic Tézier em uma apresentação de música e dança. A direção foi de David Livermore, com direção musical de Riccardo Chailly, do La Scala, para a orquestra e coro. 

Outra novidade desta edição é a exibição do balé O Corcunda de Notre Dame, do renomado coreógrafo Roland Petit, inspirado no romance homônimo de Victor Hugo e com música de Maurice Jarre. No décimo aniversário da morte de Petit, a Ópera de Paris presta homenagem ao profissional a partir do trabalho de Luigi Bonino, seu assistente e amigo. 

Mais uma vez, pelo sexto ano consecutivo, será oferecida uma Masterclass, com objetivo proporcionar a cantores líricos e músicos profissionais brasileiros a oportunidade de aprimorar suas habilidades com o cantor e professor Raphaël Sikorski. 

RECITAL

Na noite de abertura, 13, às 19h, a cantora-lírica Anne-Catherine Gillet fará um recital  antes da récita do dia, a Gala do Teatro Alla Scala de Milão, às 20h. Quem adquirir ingresso para este dia de evento, pode assistir às duas atrações. Nascida na Bélgica, ainda jovem assumiu seus primeiros papéis na Real Ópera de Wallonie-Liège, em seu país. Logo avançou para uma carreira internacional, tendo se apresentado em alguns dos principais palcos do circuito da ópera europeia. Encarnou papéis importantes em repertórios do período barroco e outros do século XIX e XX. Entre eles, “Poppea” em L’Incoronazione di Poppea, em Toulouse; Aricie em “Hippolyte et Aricie” na Ópera Nacional de Paris; Julieta em “Romeu e Julieta”, em Tours e Monte-Carlo; e Blanche em “Dialogues des Carmélites”, em Frankfurt.  Entre seus projetos futuros, está a atuação em “Carmen”, no La Monnaie, em Bruxelas e no Grand-thêatre de Luxemburgo.

CICLO DE PALESTRAS

Em paralelo às récitas e à apresentação de Gillet, será promovido na tenda um ciclo de palestras com entrada franca. Com intuito de democratizar a arte lírica, facilitar sua compreensão e formar novas plateias, o festival convida o público a explorar a riqueza e a diversidade da ópera. A professora Laura Rónai irá ministrar as palestras “À Flor da Pele: La Traviata, de Giuseppe Verdi” e “Como expressar sua raiva musicalmente? Mozart responde”, dias 14 e 20 de novembro, respectivamente, às 17h.  

Já o maestro Leonardo García Alarcón, através de videoconferência, ministra a palestra “A Redescoberta da Obra-Prima Esquecida de Luigi Rossi: O Palácio Encantado” no dia 21, às 17h. Alarcón redescobriu a ópera “O Palácio Encantado”, de Luigi Rossi, que estava perdida há 380 anos na biblioteca do Vaticano. Este ano, o espetáculo foi reencenado sem público, por causa da pandemia, pela Ópera de Dijon. Com Coro da Ópera de Dijon e Coro de Câmara de Namur, participaram 16 solistas, coros duplo e triplo com seis e 12 vozes e dezenas de bailarinos. Na palestra, ele conta essa trajetória, da descoberta aos palcos.

Nesse mesmo dia, às 19h, será projetada a ópera Les Indes Galantes, da Ópera de Paris, cujo maestro é também Alarcon. A récita tem libreto de Luis Fuzelier e foi encenada pela primeira vez no Theâtre du Palais Royal em 1735. O diretor é Clément Cogitore.

Sobre o Festival Ópera na Tela

Em sua sexta edição, o Festival Ópera na Tela traz filmes com récitas europeias, uma Gala do Teatro Alla Scala de Milao com cantores consagrados e um balé, em tenda montada ao ar livre com tela gigante, espreguiçadeiras e som de última geração, no Parque Lage, no Rio de Janeiro. Em seguida, a seleção de peças líricas será exibida nos cinemas de diversas cidades brasileiras. A programação completa está no site www.operanatela.com A programação completa está no site www.operanatela.com